
Chegou o grande dia da expiação: eu e minhas costas curvadas esperamos você entrar na sala. Você se aproxima como se tentasse reconhecer um território próspero. Você se acostumou fácil, seu domínio indo além do seu sangue tão meu. Sangue. Engraçado ter o seu sangue. HA, HA, HA. Engraçado ainda ter seu nome. HA, HA, HA. Engraçado ainda sentir a fome. HA, HA, HA. Me diz, sem a voz mansa, sem aquela voz atrasada do arrependimento, sem a voz do dia do meu sepultamento: primeiro tu virou as costas ou foi teu coração que virou primeiro? Você quer que eu preencha tuas palavras, que dê forma ao teu pesar, me pede para juntar as sílabas do teu a-ban-do-no e que eu conserte os ponteiros para quando a hora do perdão chegar. Mas não há mais tempo! Asteroides indo na sua direção. Ex-tin-ção.
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Até a próxima edição!
Sua raiva e seu amor em cada palavra, transbordam.
quase pude ouvir:
“sobrevivi a você
HA, HA, HA.”