Meu cabelo é longo como as folhas da Carnaúba e tenho cajus pendurados em minhas orelhas. A bebê do Brooklyn canta Lou Reed, mas a bebê da Fortaleza Paradise canta Belchior. Com meu vestido florido e vermelho enceno o maior amor do ano no cinema americano. Sou frevo mulher, o forró e as ondas do mar de Iracema remexem meus quadris insubmissos. Sou a rainha do ignoto e minha cintura é cravejada de corais. Não sou Garota de Ipanema, eu sou a Virgem dos Lábios de Mel. Eu sou a debutante da cidade doçura! Descalça e molhada da Praia do Futuro que demora, desço velhas ruas. Serei eu e a cidade para sempre. Vivo no sol quente, a felicidade é uma arma quente. Vejam, estou cheia de luz! E se um dia eu disser: yeah, my boyfriend's pretty cool, saibam que ele não será mais legal do que eu, porque eu sou a namoradinha de Fortaleza! Ela é o meu benzinho, e me dá beijinhos doces como o metal. Saibam todos: eu sou a namoradinha de Fortaleza! Da-da-da-da-da-da-da.
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Até a próxima!
se canta belchior, ela não tem como estar errada!
Apesar do contraponto ao mestre da periferia do capitalismo mais conhecido como Machado de Assis, sem descer ao inferno da gramatiquinha dos modernistas, enviei para ampliar a discussão a poética existe em qualquer lugar.