Dedos apontados: bang, bang, beijinhos e corações
A escrita, o processo criativo e algumas revelações sobre o meu livro
Eu acredito no amor, o que mais eu posso fazer? Estou tão apaixonada por você, meu livro!
Sou uma soldada do meu romance. Dedos apontados: bang, bang, beijinhos e corações.
Escrever um romance adolescente é como comer algodão doce no parque de diversões ou dançar com um furação ao som de Total eclipse of the heart.
Relendo meu romance: cortando, reescrevendo, duvidando, gritando, chorando, desistindo, alucinando, voltando e fazendo tudo outra vez.
Quero escrever as conversas bobas e barulhentas no intervalo do colégio, as inseguranças no espelho, as primeiras lágrimas de desilusão, o coração partido. Quero escrever sobre esses ainda frágeis humanos tentando encontrar seu lugar em um mundo tão desconfortável, mas tão colorido para amar para sempre!
Uma música que define B., minha protagonista: A fórmula do amor, do Kid Abelha e os Abóboras Selvagens.
Não vejo a hora de contar para vocês qual o título do romance! Os títulos também fazem parte do processo criativo. Antes, eu os pensava apenas para chamar a atenção. Hoje, os considero a pedra fundamental de qualquer obra.
Escrever um romance adolescente é uma forma de reparar a minha própria adolescência em muitas coisas. É a necessidade de escapar um pouco desse mundo que tem se tornado tão impróprio para o amor, para a beleza da inexperiência, das descobertas, do amadurecimento.
Na adolescência, a única chance de se estar a três metros acima do céu.
Estou dando nomes aos capítulos do meu livro. Vou compartilhar alguns que já mostrei no meu Instagram:
Santinhas e delinquentes 🌞
A garota da casa 307 e sua paixão angustiante 👧
O caderno de enquete 👀
Os penetras, um ladrão e uma algazarra 😜
Desordem e corações partidos 💔
Uma música que define C., meu protagonista: Maior abandonado, do Barão Vermelho.
Lendo Escrever Ficção, do Assis Brasil, não sei se fico aliviada pelo conhecimento ou se entro em desespero de não conseguir adequar meu livro às expectativas da Forma, do básico, do que eu deveria saber.
Essa nota minha “viralizou” aqui e fiquei tão feliz: Eu quero ser obcecada. Pela vida. Pela minha escrita. Pela minha alma. Quero me tornar assustadoramente obcecada pelos meus processos de existência. Eu quero ter a paixão angustiante dos obcecados por suas criações.
Tenho medo de falhar com meus personagens. De falhar com a cidade-personagem. A cearense Rachel de Queiroz, em Como foi escrito "O Quinze", no qual fala do processo criativo e histórico para escrever seu livro: “Pensava num romance, mas não queria fazer a simples história de amor que os meus dezoito anos pediam, queria nele também a terra, a gente do Ceará”.
Escrever um livro é como pular de um avião achando que está de paraquedas. Mas não está!
Escrever não é fácil, mas difícil mesmo é ser escritor.
Eu tenho muito o que agradecer ao Wattpad — onde, primeiro, ensaiei ser escritora de romance juvenil. O Wattpad me mostrou que escrever também podia ser ingênuo, importante, bobo, fútil, sério e divertido.
Não quero ser "atravessada" pela escrita. Eu quero ser arrebentada!
Uma parte da frase que inicia esta newsletter se refere à esse trecho da música Coming Around Again, de Carly Simon:
“And I believe in love
But what else can I do
I'm so in love with you.Meu livro existe. Ele vai chegar daqui a pouquinho. Está marcado no calendário metafísico com coraçãozinhos.
Uma música que define meu jovem casal cheios de arengas e sentimentos cintilantes: Take on me, do a-ha.
◖Indicações de livros, matérias, entretenimento, newsletters ou outras coisas
playlist de A adulta, newsletters e poesia
◖A adulta, playlist;
◖2025 é um speed run de desgraça - Jairme Caracortada;
◖Cometi uma poesia - Pedro Rabello;
◖Sobre masculinidade patriarcal - por Benção Matriarcal;
◖A melhor crítica sobre o filme Anora - por Ingrid Peixoto.
◖Na edição anterior de A adulta
mais alguns spoliers do meu romance
◖Você também me encontra aqui:
Até a próxima edição!
escrever um livro é um processo incrivelmente intenso e cheio de emoções conflitantes. mas não tem nada mais gratificante do que o momento em que você coloca um ponto final e vê a história pronta.
a propósito, obrigado pela indicação! =)
Depois que a gente descobre o que faz bater o nosso coração, já era! Tudo passa a orbitar em redor né?! Isso é o melhor do apaixonamento!