Andei por tanto tempo, sinalizada em neon, perdida em sonhos e na aridez das madrugadas da juventude, com a esperança do amor e a fé dos cansados.
Eu duvidei por muito tempo, pensei que estivesse louca e que a tristeza era minha melhor amiga. Às vezes, ainda a busco, para que me machuque um pouco, mas também aprendi a buscar o sol, a poesia e as vozes dos meus artistas que atravessam as gerações. Todas essas doces vozes me acolhem e me guardam de todo mal, mais do que o sinal da cruz dos ajustados.
Fernando Pessoa é meu pai, Lana Del Rey é minha mãe. Filha da melancolia e da desilusão. Eu me sentia invencível ao andar por aí despedaçada, e nunca acreditei na gentileza dos que anda sempre calmos. Aprendi a buscar consolo nos destroços de bombas atômicas e os conselhos das trovoadas.
Eu costumava me perguntar: quando chegará ao fim o carnaval da minha alma? Eu não pertenço a esse mundo? Quando encontrarei minha praia deserta? Depois da décima terceira vez?
Agora que algo queima dentro de mim, o mundo está em chamas.
Meu planeta, adeus!
Não há mais necessidade de tanta pressa, sentimentos fulminantes no peito e monstros debaixo da minha cama.
Comprei um novo vestido, um que me faz parecer uma noiva do fim dos tempos.
O mundo acabará e o desbravarei.
Eu finalmente cheguei em mim.
◖Na edição anterior de A adulta
leia o terceiro e último capítulo o meu conto Amor Comum
◖Você também me encontra aqui:
Até a próxima!
nada como a maturidade... feliz aniversário! =)
Feliz em acompanhar o casamento da noiva do fim dos tempos ❤️